sábado, 18 de junho de 2016

Jorge. Muito prazer!



A jornalista Flávia Oliveira, incentivada pela filha, escreveu na sua coluna, no O Globo, um texto se apresentando, dizendo quem é e de onde veio. Inspirado por ela, me apresento agora.

Eu me chamo Jorge Ferreira Lima Neto e nasci em agosto de 1993. Aqui adotei um ‘sobrenome artístico’. Porque, exatamente, eu não sei. Acho que somente me deu vontade, e está aí um fato sobre mim: quase sempre faço o que me dá vontade, seja cantar alto enquanto faço caminhada na rua, seja dar uma risada escandalosa em lugares que não seriam apropriados.
O dia do meu nascimento foi bem feliz para meu pai, tanto que ele deu para minhas duas irmãs mais velhas 5,0 Cruzeiros para cada. Parece que era muito para a época.
Houve a possibilidade de eu receber o nome do meu pai, mas acabei herdando o nome do meu avô paterno que era uma pessoa incrível pelo que me contam. Quando ele morreu, eu tinha apenas 5 anos, mas sofri muito mesmo não entendendo bem o que acontecia. Ele era uma pessoa do bem e amada por todos que o conheciam. Hoje tenho orgulho de levar o nome dele, mas nem sempre foi assim. Quando criança eu não gostava, achava que era nome de velho e preferia que me chamassem de Neto.
Eu moro na mesma cidade em que nasci. Só mudei de casa, bairro e vizinhos uma vez e já fazem 18 anos. Meu pai deu para mim e minha irmã mais nova uma única bicicleta e tínhamos que dividi-la. Ela sempre foi mais esperta que eu, mas aprendi a andar sem as rodinhas antes que ela.
Comecei a gostar da leitura cedo e isso me ajudou muito. Com os livros em mãos eu fugia da solidão que insistia em me acompanhar. Hoje já acostumei e a chamo de solidão do bem. Nós nos gostamos. Fiquei mal pela forma súbita com que O Diário de Anne Frank terminou. Me senti representado quando li, escondido, o Terceiro Travesseiro. Muitos anos depois, ao relê-lo, vi que era de uma babaquice tremenda. Na escola, quando criança nova, participava de todas as comemorações que havia, até no dia do Idoso. Já mais velho tinha muita vergonha, mas dancei uma música do Bro’z, uma banda brasileira de pop nascida de um reality show. Foi ridículo!
Até a quarta série eu escrevia poemas e os professores gostavam, mas parei. Voltei a escrever por hobbie só com 20 anos, incentivado por uma professora do curso técnico que fiz, mas já não eram poemas. São textos como esses de agora. Amo a escritora Martha Medeiros e queria muito ser amigo intimo dela, mas ela nem sabe da minha existência.
Já fui noveleiro, gosto de filmes de romance, biográficos, históricos e, principalmente, de drama. Geralmente eu choro. Acho os filmes franceses sem sentido, mas amo vê-los.
Sou fã de Los Hermanos, uma banda de rock que já acabou. Conheci a música deles através de um amigo virtual que eu já não tenho contato. Quero, um dia, abraçar e beijar Nando Reis e contar o tanto que suas músicas me transcendem. Apesar dessa veia mais rockeira, uma das músicas que mais me emociona é sertaneja e conta a história de um filho adotivo. Meus pais são biológicos, mas com a música, vejo a importância de valorizar o que eles fizeram por mim.
Já sofri preconceito de um “líder religioso” dentro de um “templo”. Sofri muito, chorei e falei pra minha mãe que doía fisicamente. Ela, forte como é, não chorou, mas disse que estava doendo nela também. Nesse dia, além do amor, eu senti uma sensação tão boa quanto: a do pertencimento. É acalentador pertencer a algo ou alguém.
Estou sempre dando risadas altas. Muita gente ama e acaba rindo junto, mas já fui criticado por isso. Falo sem parar, rio sem parar. Quando faço os dois juntos, ninguém entende nada.
Gosto de ficar dias sem sair de casa junto com a minha mãe, mas adoro gente e suas histórias. Sou curioso e sempre pergunto tudo. Qualquer coisa me chama atenção. Acho que tenho em mim o instinto de ser pai, tanto que choro vendo vídeos no YouYube de anúncios de gravidez aos futuros papais. Sonho em viver um grande e avassalador amor. Daqueles que, sem entender, você faz loucuras.
Fico feliz pelas conquistas das pessoas. Não sei conversar sem tocar no outro. Gosto de abraços e fazer cafuné nos amigos. Me sensibilizo com mendigos, pedintes e toda pessoa que eu ache que precisa de ajuda.
Curso Engenharia Ambiental e Sanitária e gosto, mas quero mesmo é ser professor, desde criança. Às vezes me acho fraco, mas paro, penso e vejo que as minhas lutas internas são muitas e difíceis, e que elas me fazem forte. Aprendi a ser honesto comigo mesmo e a sempre me perdoar. Isso faz toda a diferença.

Sou um pouco tímido e retraído, mas finjo que não sou. Se escrevesse isso amanhã, provavelmente sairia bem diferente. Mudo fácil. Muito prazer!


sábado, 6 de fevereiro de 2016

Um humano em meio a exatidão

                                                                                                       Foto via Flickr


Entrei para a turma dos universitários! Se considerarmos que a maioria da galera da sala tem 17 e 18 anos, eu estou um pouquinho atrasado. É que nessa idade, meus pensamentos e circunstâncias eram outros. O tempo passa, a gente amadurece, percebe que tudo depende da gente e acabamos dentro da sala de aula. A lição que ficou para mim é que nem sempre dá pra fugir do caminho feito por todos.

Além disso, estou fazendo um curso de exatas. Eu, que não queria nada mais que vender miçangas na praia, estou fazendo um curso de exatas. Eu, que nem sei fazer as operações fundamentais estou fazendo Engenharia. É de rir, ficar com dó, assustar mesmo. Pelo menos é engenharia ambiental, considerada por muitos a engenharia mais de humanas existente. E, na discussão sempre comum de humanas x exatas, eu devo mesmo ser tachado de humanas para os “exatos”. Não me queixo, afinal, é por esse quê de humanas da Engenharia Ambiental que eu decidi enfrentar os grandes desafios que estão pela frente e quem vai me acompanhar nessa aventura que durará, no mínimo, cinco anos são vocês! Uma pessoa que quebra esse paradigma exatas x humanas, deve ser observada.


Ainda estou na primeira semana de aula e não sei bem o que me espera nem mesmo se vou conseguir sobreviver, mas conto com a ajuda de vocês. Conte-me as suas experiências, se você também faz ou fez um curso de exatas sendo totalmente de humanas ou o contrário. O que te levou a cometer essa loucura e como está indo esse projeto? Nos próximos dias conto os meus motivos de escolher um curso de engenharia sendo que esse não é muito o meu perfil. Enquanto isso, diga também qual o curso você faz ou fez e em que período você está.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Lembranças de Facebook




O que você estava fazendo no ano passado, nesse mesmo dia? Quais eram as suas emoções naquele um, dois, cinco, seis anos atrás? O que você pensava quando mais novo? Quais eram as suas preocupações? Se sua cabeça não é tão boa assim, mas se há o interesse em saber, existe uma ferramenta do Facebook em que é possível ter uma noção, relembrando o que foi compartilhado por você naquele dia em anos anteriores. Eu, assim que recebo a notificação, corro para ver as minhas lembranças do dia e vejo que há um ano eu estava muito feliz. Há dois estava extremamente triste e revoltado. Há quatro -achando que estava- desistindo das redes sociais. Há cinco estava animado com as coisas que estavam acontecendo. Sim, altos e baixos como é próprio da vida.

Relembro de amizades que pareciam ser para vida toda, mas que, no outro ano, nem sinal deles nas minhas postagens. Amigos virtuais que estavam esquecidos, outros que esqueceram de mim, mas que eu ainda não consegui esquecer. Percebi que há pessoas que torcem por mim desde muito tempo, que sofreram comigo, que riram comigo nesses anos documentados pela internet.

Se você ainda não configurou seu Facebook para receber essas notificações, faça logo. Imediatamente. É um exercício e tanto perceber que as coisas passam. E que as pessoas também passam. Entender que, por mais que as coisas estejam difíceis hoje, logo tudo mudará. Reconhecer que o tempo pode não curar, mas amenizará e muito. Talvez ainda doa um pouco, mas uma dor que já pode ser encarada de frente. Acreditar que existem muitas pessoas boas e que elas vão te ajudar quando você precisar. E que, nessa miscelânea de coisas, pessoas, acontecimentos, sentimentos, frustrações, vitórias, você vive e sobrevive, saindo de cada acontecimento mais forte e, sobretudo mais feliz. Porque felicidade é isso: entender que a vida tem seus altos e baixos, assim como uma montanha russa e que nosso estômago, forte como nós, aguenta tudo.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

O amigo que me faltava




Eu estava conversando com uma amiga. Amizade de poucos meses, mas já especial. Uma conexão profunda e difícil de explicar. Usava mais uma vez a minha sinceridade explosiva que, muitas vezes, não é saudável, eu sei. Sobretudo para os outros. Ela entendeu o que quis dizer e, meiga como sempre, me soltou essas palavras: “Você era o amigo que me faltava!”. Exatamente assim. Uma frase que contém uma singeleza tão bonita, tão sincera. Minha amiga não é uma pessoa sozinha, perdida no mundo, à procura de uma pessoa com os mesmos interesses que os seus. Não era esse o caso. E também nem quis dizer que eu era mais especial que os outros amigos, alguns de muitos anos. Também não era esse o caso. Ela colocou para mim de forma sutil aquilo que inconscientemente nós sabemos – cada amigo tem sua função. É, isso mesmo! Pode parecer um pensamento egoísta, mas é exatamente assim. No nosso caso, eu sou o amigo que diz tudo, mesmo que não seja o que ela gostaria de ouvir e a coloca “para frente”.

Pare e pense. Você deve ter aquele amigo de longa data, que juntos passaram por diversas aventuras, mas na hora de falar sobre seus sentimentos e coisas íntimas você trava. Não é falta de confiança, até mesmo porque ele está nas suas melhores e piores memórias. Tem um outro que vocês nem se veem tanto assim, mas nas conversas você simplesmente se abre, naturalmente sai contando tudo como se estivesse conversando com você mesmo. Com certeza, tem também a amiga que você sempre chama para um jantar em sua casa e ali vocês irão rir, deitados no sofá ouvindo música, mas na hora de ir pra balada não pensa no nome dela. Balada legal mesmo é só com outro amigo porque ele dança, pula e vira a noite contigo. Esse amigo da balada dorme até tarde e como você gosta de acordar cedo quando está viajando, não é ele o convidado para ir junto.

Não é porque você só conta tudo para um, mas viaja é com o outro e só vai para balada com um terceiro que você não ame todos de igual forma. Isso quer dizer que todos, do seu jeito, seja ele qual for, são especiais e ajudam a montar o quebra cabeça da sua vida. Quando ela disse aquela frase para mim, isso tudo passou na minha cabeça em segundos e respondi com as mesmas palavras “Você também é a amiga que me faltava.”. Essa amiga, era a amiga que me faltava.  Afinal nunca tive ninguém com os princípios tão parecidos aos meus. Por fim, pensei – porém não disse – naquilo que rola por aí: ninguém entra na nossa vida por acaso.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Compra de livros pela internet - minha primeira experiência

Há um tempo eu venho pensando nas inúmeras possibilidades que eu tenho por ter um blog em minhas mãos. Comecei a divulgar meus textos com intuitos meramente vaidosos e egoístas, mas com o tempo vejo que posso ir bem além, inclusive influenciar e ajudar pessoas. Pensando nisso, tentei encontrar algum assunto que eu gosto que possa ser de interesse de outras pessoas e acabei por decidir em estender esse espaço para falar sobre livros, um amor que, de tão antigo, eu não sei quando nasceu.
Para começar no assunto, eu vou falar sobre algo novo pra mim: a compra de livros pela internet. Hoje se compra tudo pela internet, eu sei. Mas sou um pouquinho atrasado com essas coisas (um dia chego lá!) e também sempre preferi livrarias, mesmo morando numa cidade onde existe apenas uma e que não é muito maior que a cozinha da minha casa. Estar em um ambiente cheio de livros como o de livrarias e bibliotecas é algo, no mínimo, interessante. A vibe é muito boa! Ah, não sei se é assim em todas, mas a livraria da minha cidade coloca, gratuitamente, um marcador de página em cada livro comprado. Esse já é mais um bom motivo para ir lá. Já que eu gosto da vibe, ganho marcador de página gratuito, os preços não diferem muito da internet e sempre que não tem o livro desejado posso fazer pedido sem custos adicionais, acabo ficando com a livraria. Então, o que me fez comprar livros pela internet?
Isso aconteceu porque fui atraído por uma promoção que prometia “mais de 500 obras por R$ 9,90 cada”. Se você está vendo seus livros nunca lidos acabando e precisa comprar outros se sentiria, com certeza, atraído pela promoção. No fim, não foi bem assim que funcionou, porém fiz boas escolhas e ganhei mais uma experiência que vou contar pra vocês agora!



Eu encontrei a mesma promoção em dois sites diferentes, o submarino.com e americanas.com. Os dois sites continham basicamente as mesmas opções em promoção, porém no americanas.com os livros no valor de R$ 9,90 estavam separados dos demais e isso facilitou porque eu estava disposto a escolher dentro desse valor. No submarino.com estavam livros de diversos valores juntos, o que dificultou saber se aqueles que estavam com o preço de R$ 9,90 eram mesmo promoção ou não e, vendo os que tinham outros valores, me senti tentado e acabei por falhar na minha missão de comprar somente os livros da promoção. No final eu comprei 7 livros: 04 na americanas.com e 03 na submarino.com. Então, vamos aos livros!


COMPROMETIDA: UMA HISTÓRIA DE AMOR, de Elizabeth Gilbert




Eu li o livro mais famoso da escritora, o Comer Rezar Amar, na época do lançamento do filme que leva o mesmo nome porque sou fã da atriz que fez o papel da Liz no cinema, Julia Roberts (eis um fato sobre mim) e acabei me tornando fã da autora também e principalmente da sua história. Eu adoro viajar, conhecer lugares novos e tenho um interesse especial pela Índia, um dos países que a escritora ficou no seu ano sabático. Com todos esses ingredientes, o livro me tocou de uma forma diferente. Muito tempo passou até eu descobrir que ele tinha uma continuação que se chamava Comprometida: Uma História de Amor. Pessoas curiosas como eu, quando leem livros biográficos não se contentam com o final –a menos que a pessoa tenha morrido- e querem saber o que aconteceu depois. Se você é assim, pode imaginar os pulos de alegria que dei ao descobrir e mais ainda quando o encontrei na promoção!
ONDE COMPREI: Americanas.com
QUANTO PAGUEI: R$ 9,90 (promoção)
DETALHES: É edição de bolso, então ele é menor e papel não é de tão boa qualidade. Mas o importante é o conteúdo, não?!
OBSERVAÇÕES: Apesar do livro ter chegado bem embalado com plástico, a capa veio com alguns amassadinhos, fora isso ele é perfeitinho.


POESIAS – FERNANDO PESSOA (Coleção L&PM Pocket)



Infelizmente, eu percebi que mesmo sendo um leitor ávido, daqueles que leem jornais velhos, bulas de remédio e os mais variados rótulos,quando tenho o poder de escolha sempre opto pelos mesmos gêneros literários e isso além de diminuir minhas opções, limita muito a minha visão de mundo – um dos grandes benefícios da leitura. A promoção era um bom momento para experimentar novos gêneros, se eu não gostasse era só encostá-lo ou deixar que outros o leiam e o prejuízo financeiro não seria tão grande. Quando vi o livro de poesias de Fernando Pessoa não hesitei em comprar.
ONDE COMPREI: Americanas.com
QUANTO CUSTOU: R$ 9,90 (promoção)
DETALHES: Ele também é edição de bolso, pequeno, fininho e faz parte de uma coleção da editora que contém mais de 1000 títulos.


COMO WOODY ALLEN PODE MUDAR SUA VIDA, de Éric Vartzbed



Esse livro eu comprei por dois simples motivos: a capa e o título me lembravam um livro que eu li há uns meses, o Nietzsche para os estressados, mas depois percebi que não tinha nada a ver e o outro motivo é que eu sou muito fã de uma fã do Woody Allen.
ONDE COMPREI: americanas.com
VALOR: R$ 9,90 (promoção)
DETALHES: O livro não é edição de bolso, mas é bem fininho, tem só 79 páginas.
OBSERVAÇÕES: Se eu tivesse pensado mais um pouquinho não teria comprado o livro, não pelo conteúdo porque eu não li ainda, porém, mais pelo fato de o desconto não ser tão grande. No lugar dele, poderia ter comprado outro livro em que o desconto fosse maior.


A REDESCOBERTA DO MUNDO, de Thrity Umrigar



Esse foi o livro que tinha certeza desde o início que compraria. Essa é uma escritora não muito conhecida, mas que já me fez chorar com um de seus livros, o A Distância Entre Nós que certamente estaria no meu top 10 de livros. A Redescoberta do Mundo mantém o mesmo cenário, a minha singular Índia (a autora é indiana) e seus extremos.
ONDE COMPREI: americanas.com
QUANTO CUSTOU: R$ 9,90 (promoção)
OBERVAÇÕES: O livro veio com umas manchinhas escuras, nada que atrapalhe a beleza da capa.

Esses foram os livros que comprei na americanas.com, todos foram da promoção e somaram R$ 39,60. Paguei mais R$ 10,32 de frete (moro no interior de Minas Gerais), ou seja, mais um livro da promoção, totalizando R$ 42,92.
ENTREGA: Eu comprei os livros no dia 09 de agosto a noite por cartão de crédito e minutos depois tive a confirmação da compra. Como pedi pela entrega normal, tinha o prazo de 16 dias úteis para receber a encomenda e recebi em 12 dias úteis. Durante todo o tempo o rastreamento funcionou. Valeu muito a pena e recomendo para quem tem interesse!


Agora, os livros comprados na submarino.com:

MINHA MÃE É UMA PEÇA, de Paulo Gustavo.



Fui praticamente obrigado a comprar esse livro porque minhas irmãs A-M-A-M o filme que tem o mesmo nome. Eu já vi e é superengraçado, então pensei que seria interessante o livro não só para mim que ri bastante com o filme, mas para minhas irmãs que não leem tanto.
ONDE COMPREI: submarino.com
QUANTO CUSTOU: R$ 10,00
DETALHES: A qualidade física do livro é ótima, o papel é bom e tem orelhas – item obrigatório para muitos.

TEMPOS EXTREMOS, de Míriam Leitão.



Eu já conhecia a jornalista e comentarista econômica Míriam Leitão e já estava na hora de conhecer seu lado escritora. Encontrar esse livro em promoção foi bem oportuno porque no mesmo mês ela estaria no Festival Literário de Araxá (Fliaraxá), a cidade que eu moro e eu já estava pensando em ir vê-la. Além disso, quando li do que se tratava o livro, ele ganhou meu coração e eu tive que comprar.
ONDE COMPREI: submarino.com
QUANTO PAGUEI: R$ 10,00
DETALHES: A qualidade do livro é ótima também.

CARCEREIROS, de Drauzio Varella



A minha admiração pelo médico e escritor Drauzio Varella vem de muito tempo. Eu tive oportunidade de ler o Estação Carandiru há 10 anos e, sendo um livro “adulto” demais para um pré-adolescente, foi um impacto muito grande. Quando vi que também tinha esse livro sobre o mesmo assunto, decidi comprá-lo. E aí veio a falha na minha missão. Eu tenho certeza que vou gostar do livro e foi um achado importante, mas estava fora do valor que eu queria pagar, o problema dos livros em promoção estarem misturados aos que não estavam.

ONDE COMPREI: submarino.com
QUANTO CUSTOU: R$ 19,90
No total, comprei 03 livros pela submarino.com, o que me custou R$ 39,90 mais o frete de R$ 8,11, ou seja paguei 48,01.
ENTREGA: O tempo de entrega era de 16 dias úteis e chegou em 13 dias, junto com os outros livros comprados na Americanas.com
Sobre os sites: No Submarino, tive que procurar as promoções em meio a livros com valores maiores que o esperado e acabei comprando acima do valor, mas a qualidade dos comprados é bem melhor que na Americanas e a minha sensação era que os livros poderiam mesmo ter um valor maior e que estavam na promoção de verdade, mas a facilidade da Americanas me ganhou.





Essas foram as minhas primeiras comprinhas de livros pela internet e eu adorei! Ainda preciso aprender muito para encontrar melhores promoções e até para entender mais sobre tipos de folhas, de capas e até de edições. Vocês aprenderão junto comigo. Apesar dos prós e contras, eu compraria novamente nas duas lojas virtuais e, apesar da praticidade, eu ainda prefiro as livrarias, mesmo já pensando em comprar mais vezes pela internet. Provavelmente, todos os livros citados aqui terão um post específico ou uma resenha. Fiquem de olho!

E você? Gosta mais de comprar livros pela internet ou sente o mesmo prazer que eu ao ir a livrarias? Comente aqui sua experiência!!

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Pedro


imagem
                                                                                                                                                Foto via
Pedro acordou para mais um dia de trabalho. Aquele que ele não gosta, mas que ganha bem e paga suas contas. Entre uma xícara de café e suas duas torradas com requeijão matinais, ele pensou no sonho da última noite. Mais uma vez aquilo o rodeava. É assim que ele se sentia: assombrado e encurralado por algo que há décadas foi um sonho, mas que agora não passa de um pesadelo.

Pedro deixou a xícara de café de lado, mas sonhos foram junto com ele. Vinte anos carregando-os consigo para lá e para cá, o mesmo tempo em que não chega atrasado ao trabalho. Vestiu o odiado uniforme amarelo, trancou a porta, pegou o elevador, disse oi ao porteiro e se foi. Engarrafamento de novo, é sempre assim, “choveu, parou”.

Pedro chegou ao trabalho, cumprimentou os amigos e, antes de se sentar, organizou o porta-retratos. Quem insistia em colocá-lo de lado, sendo que é assim que tem de ficar? A pilha de papeis nunca diminuía, só mudava de lugar. Hora de começar. Entre cafés e almoço esquentado no micro ondas, o dia passa, ás vezes rápido como uma sacola plástica em meio à ventania. Pedro viu pela janela, na tarde de sol quente e tempo abafado, um rapaz passando com um violão nas costas. Se não tivesse certeza de que Junior, seu filho estava dentro de uma sala daquela faculdade americana importante que lhe fugiu o nome, se não fosse isso, poderia jurar que era seu filho ali. Fugiu-lhe também o fato de que Junior nunca quis tocar violão, mesmo o pai insistindo tanto. Poderia ser Pedro também, já que Junior parecia tanto com o pai, assim como o rapaz do violão que já devia estar chegando ao seu destino se parecia com Junior. E Pedro gostava de violão, então poderia mesmo ser ele ali se não estivesse cheio de serviço. Pensando nisso, Pedro sorriu e tentou fazer com os dedos algumas das posições, as primeiras aprendidas com um artista que ficava na mesma rua da escola de inglês que frequentou quando era adolescente. Ele até tentou cantar um pedacinho da música que o sujeito cantava e tocava sorrindo, mas todos ali o olharam, então, Pedro voltou para a pilha de papeis. Não havia diminuído nem 15 centímetros. 17 horas – hora de ir embora. Como não poderia ser diferente, engarrafamento de novo. No segue e para, para e segue do engarrafamento, Pedro cantarolou aquela música. Mesmo com vontade de cantar bem alto, ele não o fez. Seus colegas de engarrafamento poderiam não gostar, apesar de ser afinado assim como seu violão estava na última vez que o usou.

Chegou em casa, viu o telejornal e pensou que o mundo está mesmo instável e a crise vai demorar passar. Ele não janta, só come pão, toma um copo de leite ou algo assim. Dessa vez era leite com Nescau. Lembrou-se do rapaz que viu naquela tarde. Isso ficou na sua mente o trajeto todo de volta para casa. Pedro pegou seu violão e tocou um pouquinho. Só um pouquinho mesmo. Já era tarde e seus vizinhos poderiam se incomodar. Sua mulher já se incomodara. Pedro foi dormir para sonhar mais uma vez com aquilo.


Mais um dia Pedro existiu – mas não viveu.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Explicando ausências



Se você, por um acaso (ou indicação) chegou ao blog ou a página do Escrita de Iniciante no facebook, leu os textos, achou legal, ficou com gostinho de quero mais e olhou por mais alguns dias e nada de chegar postagem nova, tenho que pedir desculpas. O blog e a página estão desatualizados há mais de 20 dias, mas é por um bom motivo.


Desde que me propus a divulgar meus textos tenho recebido alguns elogios e apoio, então decidi que era necessário melhorar as coisas por aqui e esse é o motivo do meu sumiço. O tempo que tenho para escrever vem sendo usado para melhorar a aparência do blog e coisas feitas por amadores e inexperientes são bem mais complicadas e demoradas. Toda a nova aparência do blog que, em breve, será divulgada, está sendo feito por mim, um alguém que não entende muita coisa de informática. Eu amo a tecnologia e a internet, sobretudo a melhoria da comunicação que elas nos proporcionaram, mas a parte técnica eu não gosto e não levo jeito. Então, meus caros, imaginem como está sendo difícil para mim todo esse mundo do HTML e afins. Eu preciso da compreensão de todos que querem mais textos meus. Como em tudo na nossa vida, as coisas pioram para depois melhorar. Em breve vocês terão um blog melhor visualmente e com postagens semanais. Valerá à pena toda essa espera!