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Entrei para a turma dos universitários! Se considerarmos
que a maioria da galera da sala tem 17 e 18 anos, eu estou um pouquinho
atrasado. É que nessa idade, meus pensamentos e circunstâncias eram outros. O
tempo passa, a gente amadurece, percebe que tudo depende da gente e acabamos
dentro da sala de aula. A lição que ficou para mim é que nem sempre dá pra
fugir do caminho feito por todos.
Além disso, estou fazendo um curso de exatas. Eu, que não
queria nada mais que vender miçangas na praia, estou fazendo um curso de
exatas. Eu, que nem sei fazer as operações fundamentais estou fazendo
Engenharia. É de rir, ficar com dó, assustar mesmo. Pelo menos é engenharia ambiental,
considerada por muitos a engenharia mais de humanas existente. E, na discussão
sempre comum de humanas x exatas, eu devo mesmo ser tachado de humanas para os
“exatos”. Não me queixo, afinal, é por esse quê de humanas da Engenharia
Ambiental que eu decidi enfrentar os grandes desafios que estão pela frente e
quem vai me acompanhar nessa aventura que durará, no mínimo, cinco anos são
vocês! Uma pessoa que quebra esse paradigma exatas x humanas, deve ser
observada.
Ainda estou na primeira semana de aula e não sei bem o
que me espera nem mesmo se vou conseguir sobreviver, mas conto com a ajuda de
vocês. Conte-me as suas experiências, se você também faz ou fez um curso de
exatas sendo totalmente de humanas ou o contrário. O que te levou a cometer
essa loucura e como está indo esse projeto? Nos próximos dias conto os meus
motivos de escolher um curso de engenharia sendo que esse não é muito o meu
perfil. Enquanto isso, diga também qual o curso você faz ou fez e em que
período você está.
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