terça-feira, 16 de setembro de 2014

Encontro


Traga pra mim sonhos porque eu gosto de contemplar o poder da imaginação.
Eu quero suas experiências pra me sentir imaturo, mas protegido. Gosto de presentes simples que sejam a minha cara e me faça lembrar você.
Quero alguém que cuide de mim, que me mostre o mundo, me proporcione novos cheiros, sabores e cores.
Faça-me sentir corajoso e pronto pra ir a qualquer lugar que você estiver.
Me olhe com os olhos brilhantes como de criança. Isso me encanta!
Não precisa dizer que me ama, precisa me mostrar, me envolver em você.
Quero abraço apertado todos os dias, quero um romance ensaiado.
Quero que me incite o desejo de viver loucuras todos os dias.
Roupas simples, jeitos simples me atraem.
Acredite em mim, me conheça.
Não me faça surpresas, elas só servem pra me assustar, mas eu adoraria te ver chegar sem avisar.
Me faça ter certezas porque sou cheio de dúvidas e inconstâncias.
Não me pressione a fazer o que eu não quero, mas insista. Eu mudo de ideia fácil.
Me acompanhe sempre que puder, isso me fará a pessoa mais feliz do mundo.


Me renove a cada dia. Venha de encontro a mim e me sugue que eu farei questão de consumir você.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Perdido


No meio de tantas pessoas prontas e decididas, ali está ele: perdido!
Não se encaixa e não se entende. Esconde dentro de si o desejo de viver com as suas pernas, da sua forma, do seu jeito. Traz mágoas e lembranças ruins, traumas nunca superados e dúvidas jamais decifradas.
Desajeitado, sem jeito para o mundo.
Idealizador nato. Sonhador desesperado. Leitor desamparado.
Vagueia sua mente fácil. Perdoa simplesmente, também fácil.
Sofre calado. Já pediu socorro tantas vezes e ninguém ouviu. Gritou com os olhos.
Sonhos são rotineiros, planos são passageiros, voam junto com sua imaginação. Vão até onde podem e voltam correndo. Foram espantados pela impotência.
Isso corre guardado, quem vê, pensa que está aprumado. Não, nem mesmo se sente amado.
Vida feliz? Talvez! Vida triste? Não sei!

Me cabe apenas olhar aquele moço ajuizado, concentrado por fora, perdido por dentro, sentado em seus pensamentos vendo a vida passar.